Vidas que doam sangue e sangue que salva vidas

Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados

             De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, a Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados tem por finalidade garantir a autossuficiência do país nesse setor e harmonizar as ações do poder público em todos os níveis de governo, sendo implementada, no âmbito do Sistema Único de Saúde, pelo Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados – SINASAN, por meio da Rede de Serviços de Hemoterapia e dos centros de produção de hemoderivados (Art. 8º da Lei nº 10.205/2001).

            “Ao Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção Especializada e Temática, entre outras coisas, compete as atribuições para coordenar as ações do SINASAN, fixar e atualizar normas gerais relativas ao sangue, nas áreas de atenção hemoterápica e hematológica, gerir sistemas de informação do setor e monitoramento da Política Nacional de Sangue. Na atenção hematológica, inclui-se a gestão da atenção às coagulopatias e a Política de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias. Além disso, compete à Secretária de Atenção Especializada e Temática, a gestão do Programa Nacional de Triagem Neonatal (biológica)”, destaca o Ministério em seu portal oficial.

            O Ministério da Saúde afirma ainda que o consumo de sangue é diário e contínuo sendo utilizado em muitas situações como anemias crônicas, cirurgias de urgência, complicações de doenças graves como a dengue ou leucemia, hemorragias em acidentes, etc.

 

Requisitos para doar sangue

 

            Conforme o Ministério da Saúde, a pessoa que pode doar sangue deve ter entre 16 e 69 anos e estar pesando mais de 50 quilogramas. Todos devem apresentar um documento com foto, porém os menores de 18 anos, somente podem doar com consentimento formal dos pais ou responsáveis. Não podem doar por um determinado tempo aqueles que estão com temperatura alta, gripe, resfriados, diarreia recente, grávidas e mulheres pós parto.

            O portal oficial de saúde do Governo Federal, disponibiliza uma lista com os requisitos necessários para ser um doador, bem como os impedimentos temporários e definitivos. Confira:

 

• Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal); Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
• Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por classe), serão aceitos documentos digitais com foto.
• Pesar no mínimo 50 kg.
• Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
• Estar alimentado. Evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação de sangue. Caso seja após o almoço, aguardar duas horas.

 

Impedimentos temporários

 

• Gripe, resfriado e febre: aguardar sete dias após o desaparecimento dos sintomas;
• Período gestacional;
• Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
• Amamentação: até 12 meses após o parto;
• Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
• Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
• Extração dentária: 72 horas;
• Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses;
• Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia: seis meses;
• Transfusão de sangue: um ano;
• Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
• Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos seis meses;
• Ter sido exposto a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição).

 

Impedimentos definitivos

 

• Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade;
• Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas ao vírus HTLV I e II e Doenças de Chagas;
• Uso de drogas ilícitas injetáveis;
• Malária.

 

 

Acesse as listas oficiais na página do Ministério da Saúde (https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue).

 

 

            O procedimento de doação de sangue é totalmente seguro e responsável. Nenhum material é reutilizado, anulando a possibilidade de contaminação. Além do mais, a doação de sangue dispõe inúmeros benefícios ao doador, inclusive melhorias de saúde, como a redução dos riscos de desenvolver câncer (principalmente no fígado, garganta e pulmão, já que ocorre uma baixa significativa nas reservas de ferro no organismo), um check-up totalmente gratuito e um merecido dia de folga.

            Uma pessoa adulta, têm em média cinco litros de sangue e, em cada doação, o máximo retirado, é de 450 ml. Os homens podem realizar a ação a cada dois meses (no máximo quatro doações anuais); e as mulheres de três em três meses (no máximo três doações anuais).

            Tem interesse em salvar vidas? Então procure unidades de coleta, como os hemocentros, para checar se você atende os requisitos. Há três anos, o município de Pinhalzinho e Nova Erechim possuem um grupo chamado “Doação pela Vida”. O grupo realiza viagens mensais ao hemocentro de Chapecó para realizar as doações de sangue. As viagens ocorrem sempre na terceira quarta feira de cada mês.

            Segundo a coordenadora de Atenção Primária em Saúde de Pinhalzinho, Maristela Baldissera, em apenas 24 horas, o organismo humano já repõe a quantidade que foi retirada. 

            “Doar sangue é um ato seguro. O doador não é exposto a nenhum risco de contaminação”, frisou.

            Os interessados em doar sangue, podem entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Pinhalzinho através do telefone 3366-6640 e em Nova Erechim pelo telefone 3333-3200.

            “Doar sangue é um ato de solidariedade que pode ajudar a salvar muitas vidas”, completou Maristela.

 

Texto: Imprensa do Povo, com informações do Ministério da Saúde

 

Imagens: Divulgação